O uso de dispositivos móveis, realidade virtual e realidade aumentada na aprendizagem ainda atrai uma mistura de reações dos educadores. Mas desenvolvimentos recentes em tecnologias de aprendizado digital sugerem, que o aprendizado virtual não só se tornará uma parte natural das futuras salas de aula — ele ajudará as crianças a aprender como nunca antes.
Com base em uma pesquisa da Barnes and Noble College, mais de 51% dos alunos aprendem melhor através da participação ativa, enquanto apenas 12% são capazes de ouvir e aprender bem. Isso nos dá uma pista do que os futuros alunos irão esperar de suas aulas e fornece uma boa motivação para os educadores considerarem o aprendizado experimental que a aprendizagem virtual promete criar.
A realidade da aprendizagem virtual
O maior potencial para a aprendizagem virtual reside na sua capacidade de ajudar os alunos a visualizar conceitos científicos abstratos, como a anatomia humana ou cadeias de alimentos, tornando-os modelos totalmente 3D que são sobrepostos ao mundo real. Esse aprendizado virtualmente assistido já está presente em como o Hololens da Microsoft está sendo usado na Escola de Arquitetura e Design Urbano da RMIT ou na Case Western Reserve Cleveland Clinic, por exemplo. Os alunos podem interagir, virar e estudar um modelo para o conteúdo do seu coração. Os professores podem então direcionar os alunos para certas partes do modelo, fornecer indicadores ou fatos adicionais e atribuir tarefas baseadas no modelo — encontrar um órgão humano em relação à posição do fígado, etc.
Por meio de fones de ouvido virtuais, os alunos também têm a liberdade de experimentar substâncias químicas virtuais e ver os resultados instantaneamente, em vez de se concentrarem em teorias secas e em experimentos de livros didáticos. No futuro, tecnologias como a Holoportation da Microsoft poderiam até mesmo trazer especialistas em assuntos para as salas de aula, permitindo a realização de diálogos bilaterais orgânicos. Estas não são apenas ideias futuristas e legais; elas também são uma benção para os estudantes que se inclinam para estilos de aprendizagem mais visuais ou práticos, ou que podem não ter acesso face-a-face a certos recursos devido à sua localização ou origem socioeconômica.
O futuro é agora
Embora possa ser argumentado que os custos atuais dos fones de ouvido virtuais os tornam inacessíveis para a maioria das escolas atualmente, isso não deve impedir os educadores de experimentar o aprendizado virtual. Os aplicativos de realidade aumentada em dispositivos móveis, como smartphones e tablets, existem há anos e se tornaram melhores ao longo do tempo. Os alunos já podem baixar aplicativos que lhes permitem explorar o sistema solar, entender geometria em 3D e aprender os ciclos de vida das plantas, por exemplo. Os professores também podem criar aventuras de caça ao tesouro divertidas, que incorporam atividades de trabalho em grupo e de resolução de problemas.
Em suma, os educadores podem combinar esses aplicativos de aprendizado virtual com elementos de gamificação para ensinar a colaboração, o pensamento crítico e as habilidades de autoaprendizagem em seus alunos. Eles também podem personalizar o uso dessas tecnologias com diferentes pontos fortes de estudantes. Por exemplo, os professores podem usar o aprendizado virtual para ajudar na compreensão de alunos mais fracos, ao mesmo tempo em que atribuem tarefas competitivas baseadas em jogos, aos alunos mais rápidos. Como sempre, a avaliação do professor sobre as habilidades e níveis de aprendizagem de seus alunos, desempenha um papel crucial na maneira como a tecnologia é usada.
E isso levanta um ponto-chave: essas maravilhas tecnológicas podem e devem existir apenas como um auxílio para ajudar os professores a comunicar seu material e os alunos visualizarem melhor suas lições. Nos parágrafos acima, o papel do educador na definição de diretrizes e criação de contexto nunca mudou, na verdade, pode ser ainda mais crucial do que nunca. Mas à medida que o futuro se aproxima e o tradicional giz-e-fala não o corta, os educadores podem ter que abraçar um tipo diferente de realidade na sala de aula.