O Wilburton Elementary é uma escola de última geração, que está sendo construída do zero, seguindo a orientação do Microsoft Education Transformation Framework, é um esforço colaborativo entre o Bellevue School District (BSD) e a Microsoft.
O vice-presidente de Educação da Microsoft, Anthony Salcito em cada encontro com líderes de escolas nos diferentes países que visita, se esforça para fornecer aos alunos as habilidades e oportunidades que eles precisam para ter sucesso em aprender e ter conquistas na vida. Mas quando quase todas as salas de aula incluem diversas experiências, habilidades, estilos de aprendizagem e necessidades sociais / emocionais, como você projeta o aprendizado que atenda às necessidades de todos os alunos? Para a diretora de Wilburton, Beth Hamilton, é um desafio que sua escola estará pronta para enfrentar.
“A grande variedade de estudantes é sempre um desafio para os professores. Precisamos ter certeza do que estamos trabalhando com os alunos para realmente entender onde eles estão e as habilidades e estratégias de que precisam para avançar — e isso parece diferente para todas as crianças”, comenta.
Como uma escola de bairro que oferece um continuum de serviços, as salas de aula de Wilburton terão estudantes de todas as habilidades, e a diretora acredita que o melhor para as crianças é aprenderem junto com seus colegas.
Estratégias para uma aprendizagem personalizada
Aulas individualizadas para estudantes de habilidades mistas requerem uma abordagem estratégica. Para Hamilton, isso significa garantir que os professores se reúnam regularmente com os alunos, com avaliações formais ou informais, como conferências de leitura 1: 1.
“Trabalhando com crianças uma a uma, podemos compilar dados sobre elas em determinados momentos do ano letivo que dizem: ‘Aqui está o que eles precisam agora para chegar ao próximo nível’”.A diretora cita como exemplo, o fato de às vezes as crianças precisarem de livros físicos em suas mãos e acesso a versões on-line, para que tenham mais opções. Nesse sentindo ela diz:
“É outra maneira de envolver as crianças na leitura de textos que são adequados ao seu nível de instrução, e depois permite que eles escolham o que lhes interessa. Todos sabemos que personalizar a aprendizagem significa que as crianças precisam ter interesse nela, porque, se os alunos não estão interessados em um assunto, é menos provável que eles se esforcem para aprender.”
Entre na tecnologia
De acordo com Hamilton, “as ferramentas de tecnologia que temos na ponta dos dedos podem expor as crianças a todos os tipos de conteúdo e níveis de leitura. Por exemplo, a tecnologia dá aos alunos que lutam com a leitura, de mais ferramentas que os ajudam a participar do que está acontecendo na sala de aula. Pode expor os alunos a altos níveis de alfabetização, independentemente do nível de leitura. Mesmo que uma criança não possa ler as palavras, elas podem ler o material para elas, encontrar material em um idioma diferente ou ir para um nível de leitura diferente. Isso apoia os alunos com sua compreensão e conhecimento de conteúdo — que são uma grande parte da leitura”.
Ferramentas gratuitas de aprendizado incorporadas ao Microsoft Office — como narrador, lupa, dicionário de imagens, filtros de cor, leitura em voz alta e ditado — abordam toda a gama de desafios de leitura. O Distrito Escolar de Bellevue, por exemplo, também usa software, como o Raz-Kids, que se adapta à capacidade de cada criança e permite que o professor selecione o nível de texto que melhor se adapte ao aluno.
Ferramentas tecnológicas como o Picture Dictionary auxiliam os Aprendizes da Língua Inglesa (ELL), que estão vendo conteúdo com o qual não estão acostumados.
“As imagens os ajudam a entender o que as palavras significam, então eles são capazes de compreender e trabalhar com elas. É ótimo poder dizer: ‘Ah, é isso que um carrinho de mão é’ ou ‘oh, isso é o que um boi é…’”, pontua a diretora.
Embora a tecnologia não possa substituir a necessidade de suporte para adultos, ela pode ajudar as crianças a se tornarem mais independentes.
“Muitas vezes, o que você vê nas salas de aula é que nossos alunos com necessidades especiais têm um adulto com eles em uma base consistente, para orientar seu aprendizado, especialmente em áreas acadêmicas. A tecnologia nos permite transferir o suporte de adultos para onde é necessário e permite que os alunos aprendam sozinhos, tenham confiança em quem são e o que estão fazendo e se envolvam com outros alunos”, diz Hamilton.
O poder de 1: 1
A diretora observa ainda, que nas séries superiores do Distrito Escolar de Bellevue, a tecnologia 1: 1 agora apoia os alunos que poderiam ter tido aquele adulto sentado ao lado deles na sala de aula.
“Agora, o adulto pode estar no fundo da sala compartilhando uma sessão no OneNote e ajudando esses alunos a fazer anotações. Eles trabalham de forma colaborativa, mas o apoio de adultos não necessariamente precisa ficar o tempo todo ao lado deles”, observa Hamilton.
No que se refere a personalizar a aprendizagem, os dispositivos 1: 1 não apenas ajudam os alunos com desafios especiais. Cada estudante do 2° ao 5° ano em Wilburton terá seu próprio dispositivo durante as aulas, liderados pelo objetivo de incentivar a colaboração e outras habilidades do século 21, buscando promover a criatividade para toda a vida e dirigir melhores resultados de aprendizagem.
Os dispositivos, com o Windows 10 no modo S, são projetados para implantações mais rápidas e otimizados para segurança e velocidade. Com ferramentas como o Paint 3D e o Windows Ink, que Hamilton vê como mudanças de jogo, esses dispositivos impulsionam a criatividade e permitem o aprendizado personalizado. Mas a estratégia 1: 1 de Wilburton tem um objetivo ainda mais importante: ajudar estudantes e educadores a fazerem coisas incríveis.
“Disponibilizando dispositivos para todos os alunos, nossos professores podem integrar e personalizar o aprendizado individualmente, pequenos grupos ou toda a classe”, afirma Hamilton. “Os alunos também terão essas ferramentas disponíveis em todas as áreas da turma. Isso significa, que se eles forem para a aula de arte e estiverem fazendo um projeto de codificação, terão as ferramentas necessárias. Já na música, você pode encontrar estudantes colaborando para incorporar vídeos ou clipes de som de seu trabalho. Ter dispositivos para os alunos dá aos nossos professores flexibilidade para conduzir instruções inovadoras, integradas e poderosas que atendam a todas as crianças em um nível pessoal”, complementa a diretora.
Mais tempo para ensinar
A personalização da aprendizagem para todos os alunos pode ser uma necessidade nas salas de aula de hoje, mas — como aponta Hamilton — encontrar tempo para isso com 25 ou mais crianças em cada turma é um grande desafio.
“Ao usar a tecnologia, há muitas coisas que podemos fazer para reduzir a parte administrativa e tornar o aprendizado personalizado mais gerenciável para os professores. Por exemplo, quando eles leem inventários, conferências e avaliações com crianças, os dados são automaticamente introduzidos em nossos sistemas, que podem ser vistos como um todo ou desmembrados para cada aluno. Essas análises de dados, fornecem feedback automático e imediato para os professores, para que possam ajustar suas instruções para atender às necessidades dos alunos”, afirma.
O desenvolvimento profissional é outra área que, com a ajuda da tecnologia, oferece uma oportunidade para poupar tempo aos professores. Para fornecer o tempo e o espaço para o planejamento, Hamilton promove a colaboração entre os professores. Usando o Teams, os professores de Wilburton podem compartilhar recursos, estratégias, sistemas e estruturas sem ter uma reunião presencial. Eles também podem acessar cursos gratuitos na Comunidade de Educadores da Microsoft, para receber treinamento no OneNote e aprender mais sobre o projeto de aprendizado do século 21.
“No Bellevue, nossos componentes comuns do currículo articulado, estão abrigados no OneNote. Dessa forma, os professores têm materiais na ponta dos dedos, sem ter que ter uma pilha de manuais do professor. Podem compartilhar seus projetos de lições e aprender com outras pessoas em todo o distrito, por isso não precisamos recriar a roda”, diz Hamilton.
Planejando o aprendizado personalizado
Com o encerramento do ano letivo atual e planejando a abertura de Wilburton para setembro, Hamilton se concentrou em estabelecer as estruturas para garantir que a colaboração e o uso de dados na avaliação do progresso dos alunos, sejam um foco e uma ocorrência cotidiana – tudo, com o objetivo de alcançar os melhores resultados de aprendizagem para os alunos da instituição.
“Eu acho que uma das maiores questões sobre o aprendizado personalizado é ‘Como diabos um professor vai fazer isso?’. Ao usar a tecnologia, há muito que podemos fazer para tornar o aprendizado personalizado mais gerenciável para os professores e mais gratificante para os alunos”, conclui a diretora.