Ciências da computação na escola? Um professor transformando seus alunos.

Ciências da computação na escola? Um professor transformando seus alunos.

Doug Bergman acredita que a ciência da computação está mudando. Em sua opinião, não é mais reservada apenas para estudantes que querem trabalhar em tecnologia. Doug sabe que uma compreensão básica da ciência da computação, permitirá que seus alunos resolvam os problemas de amanhã em praticamente qualquer carreira que escolherem.

É por isso que, como instru­tor de ciên­cia da com­putação na Porter-Gaud School em Charleston, Car­oli­na do Sul, ele envolve pequenos drones, robôs falantes, real­i­dade aumen­ta­da e out­ras peças do futuro dire­ta­mente em sua sala de aula, enco­ra­jan­do seus alunos a se tornarem com­pe­tentes cri­adores do sécu­lo XXI.

 

 

Nesse momen­to, pare e pense em todos os setores que pud­er e refli­ta onde a tec­nolo­gia se encaixa ness­es setores. Para muitos ou a maio­r­ia deles, provavel­mente, é fun­da­men­tal. Tudo o que as pes­soas nesse mun­do fazem é com um instru­men­to, um sen­sor, um gad­get, algum soft­ware ou uma peça de hard­ware ”, diz ele. “Não pre­cisamos que as pes­soas enten­dam esse mun­do, seja ele qual for, e alguém para cri­ar essas fer­ra­men­tas?”

Para o pro­fes­sor, a ciên­cia da com­putação tem um lugar próx­i­mo à leitu­ra, escri­ta e a arit­méti­ca, o que sig­nifi­ca que requer um cur­rícu­lo com um ape­lo igual­mente amp­lo. O pro­gra­ma de ensi­no uti­liza­do por Doug, não seg­men­ta nec­es­sari­a­mente  o garo­to  hard­core da ciên­cia da com­putação, embora,tome esse aluno como  um pro­je­to espe­cial. “Para mim, a ciên­cia da com­putação nos dias de hoje é real­mente para o aluno que não é isso — o meni­no ou a moça que é óti­mo em imóveis, negó­cios, biolo­gia, história ou qual­quer assun­to que eles pos­sam amar”.

 

 

Doug propõe pro­je­tos práti­cos e cria­tivos como for­ma de ensi­nar os alunos a se expres­sarem como cien­tis­tas da com­putação — através do pen­sa­men­to algo­rít­mi­co. Ele acred­i­ta que ficar em pé falan­do sobre coisas teóri­c­as que os alunos não estão uti­lizan­do naque­le momen­to, não é a mel­hor maneira de realizar esse tipo de tra­bal­ho. “Você cria um ambi­ente onde há muitas opor­tu­nidades para apren­der ou para talvez não ter suces­so, cer­to? Não nec­es­sari­a­mente fal­ha, mas não há prob­le­ma em come­ter erros, exper­i­men­tar e explorar.Você pode pegar essa ideia e con­vertê-la em uma série de eta­pas e proces­sos? Isso é o pen­sa­men­to algo­rít­mi­co”, diz ele.

Como os alunos de Doug estão apren­den­do, o pen­sa­men­to algo­rít­mi­co deles tam­bém pode se dedicar à cria­tivi­dade e aos domínios fora da ciên­cia da com­putação. “Quan­to mais eu apren­do sobre ciên­cia da com­putação, mais dúvi­das apare­cem e começo a me per­gun­tar sobre out­ras maneiras de sim­pli­ficar a res­olução de prob­le­mas”, diz Ali, uma alu­na que plane­ja estu­dar ciên­cia da com­putação na fac­ul­dade. “No momen­to estou estu­dan­do cál­cu­lo e é muito inter­es­sante ver como as class­es se rela­cionam, não exata­mente no que esta­mos fazen­do, mas como resolve­mos prob­le­mas. Eu acho que essas habil­i­dades se apli­cam em todas as situ­ações da vida ”, diz ela.

 

 

Já Gelsey, que pro­je­tou um jogo que usa batal­has espa­ci­ais ao lado de lições sobre bal­ancea­men­to de equações quími­cas, acred­i­ta que tudo diz respeito a descober­tas. Segun­do ela, os pro­je­tos são explo­rados por con­ta própria, assim como as pesquisas, para cri­arem o seu pro­je­to da maneira que quis­erem.

Acho que essa aula é provavel­mente a mais útil que já fiz. Engen­haria e ciên­cia da com­putação, em ger­al, é ape­nas uma solução de prob­le­mas e essa é uma habil­i­dade que você pre­cis­ará em qual­quer lugar” diz Haley, que está tra­bal­han­do em um pro­je­to para pro­gra­mar drones.

 

 

O suces­so da abor­dagem de Doug fica mais evi­dente na medi­da em como os pro­je­tos avançam sem se tornarem inacessíveis. Uma de suas alu­nas, Rebec­ca, criou uma sim­u­lação de desvio coro­nário usan­do a câmera Kinect para Xbox. “Ela ori­en­ta você sobre como faz­er o pro­ced­i­men­to, e em out­ra pági­na mostra as difer­entes partes do coração e como elas fun­cionam”, diz ela.

Charles, aluno do 9º ano, está tra­bal­han­do no mapea­men­to espa­cial em real­i­dade aumen­ta­da com o Microsoft HoloLens. Por estar tra­bal­han­do com real­i­dade vir­tu­al numa sim­u­lação de olhos para pes­soas com Glau­co­ma em con­jun­to com a Uni­ver­si­dade de Med­i­c­i­na da Car­oli­na do Sul, o estu­dante criou o inter­esse pelo fone de ouvi­do que sobrepõe infor­mações holo­grá­fi­cas no cam­po de visão de um usuário.

 

Doug quer estim­u­lar out­ros pro­fes­sores a assumirem a causa da ciên­cia da com­putação em suas próprias salas de aula, ele acred­i­ta que os edu­cadores devem isso a seus fil­hos. “Temos que chegar  num pon­to em que não seja algo que uma ou out­ra esco­la faz, ou uma cri­ança oca­sion­al faz. Tem que ser algo que todo mun­do faz. Assim como para eles é fáci escr­ev­er uma redação ou preencher um for­mulário de inscrição, eles têm que ser capazes de escr­ev­er um pro­gra­ma ou pro­je­tar algum tipo de soft­ware ou aplica­ti­vo.”

Para se jun­tar ao Doug e a essa comu­nidade de ino­vadores que tra­bal­ham para conec­tar, enga­jar e colab­o­rar preparan­do alunos para os empre­gos de aman­hã, torne-se um Edu­cador Ino­vador da Microsoft.

 

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