OneNote na aula de música?

OneNote na aula de música?

Há um consenso entre os educadores de música de que seus cursos são alguns dos mais difíceis de combinar com a tecnologia no ambiente de aprendizado em sala de aula. As aulas de música escolar são tradicionalmente baseadas no desempenho, com o objetivo principal de aprendizagem focado em um aluno, melhorando sua habilidade individual com instrumentos no contexto de um grande conjunto. 

Neste post, mostraremos as tec­nolo­gias dig­i­tais que Bri­an Lawrence, pro­fes­sor de ban­da da Inter­na­tion­al School em Belle­vue, Wash­ing­ton, usa com seus alunos para o cresci­men­to indi­vid­ual e con­jun­to, ensi­nar e refi­nar con­ceitos téc­ni­cos e max­i­mizar a efi­ciên­cia do seu pro­gra­ma de ban­da.  Ele está em seu primeiro ano de ensi­no de ban­da na Inter­na­tion­al School,  uma esco­la públi­ca no Dis­tri­to Esco­lar de Belle­vue, com uma deman­da de 564 alunos, do 6º ao 12º ano. Todos os alunos fre­quen­tam aulas de músi­ca ou artes visuais durante o esco­lar. O ensi­no na Inter­na­tion­al é de 1 para 1 e cada aluno e fun­cionário recebe um lap­top para uso esco­lar e domés­ti­co.

Os dis­pos­i­tivos portáteis são sen­síveis a cane­tas touch, o que per­mite tan­to aplica­tivos tradi­cionais quan­to o uso de novas tec­nolo­gias. “Somos uma Microsoft Show­case School , o que sig­nifi­ca que tra­bal­hamos de per­to com a Microsoft para tes­tar novas tec­nolo­gias ino­vado­ras em sala de aula. Somos con­sid­er­a­dos um mod­e­lo para as esco­las em nos­sa região, com con­vi­da­dos vis­i­tan­do reg­u­lar­mente as nos­sas insta­lações para ver a incor­po­ração dessas tec­nolo­gias no ambi­ente de sala de aula”, diz Lawrence.

Na esco­la que Bri­an leciona, tra­bal­ha-se em uma agen­da de blo­cos todos os dias, onde, emb­o­ra os alunos este­jam matric­u­la­dos em sete perío­dos, um crono­gra­ma de blo­co sig­nifi­ca que eles só fre­quen­tam qua­tro por dia. Seus alunos da 6ª série, por exem­p­lo, tem aulas com duração de 60 min­u­tos e encon­tram uns aos out­ros a cada oito ou dez dias esco­lares. Enquan­to todos as out­ras séries tem aulas de 100 min­u­tos por vez e cumprem cin­co dias em dez.

Esse crono­gra­ma, per­mite que o pro­fes­sor mer­gul­he em con­ceitos avança­dos durante a aula, mas tam­bém pode difi­cul­tar que os alunos per­maneçam envolvi­dos ou ten­ham resistên­cia físi­ca sufi­ciente para tocar seu instru­men­to por um perío­do de aula inteiro. Fiz um esforço con­sid­eráv­el para incor­po­rar a tec­nolo­gia de dis­pos­i­tivos uti­liza­dos no ambi­ente de apren­diza­do, como um com­ple­men­to às habil­i­dades instru­men­tais que os alunos gan­ham em min­has aulas”, com­ple­men­ta.

Enquan­to para os con­cer­tos ele uti­liza par­ti­turas impres­sas, como depar­ta­men­to de músi­ca, seus cole­gas e ele fiz­er­am um esforço cole­ti­vo para não usar papel em todas as out­ras ativi­dades. Ape­sar de ser um desafio, com essa ini­cia­ti­va, a esco­la aca­ba econ­o­mizan­do recur­sos orça­men­tários, tem­po de preparação e tem­po de avali­ação.

Abaixo estão alguns exem­p­los de maneiras pelas quais Bri­an uti­liza tec­nolo­gias dig­i­tais no dia a dia de suas tur­mas:

 

Usando o OneNote como um hub

 

Todas as atribuições nas min­has aulas são cri­adas e armazenadas em um blo­co de ano­tações de classe do OneNote . Essa local­iza­ção cen­tral­iza­da per­mite que os alunos acessem mate­ri­ais facil­mente e a qual­quer momen­to do ano leti­vo. Eu crio tare­fas em um espaço somente para pro­fes­sores e pos­so enviá-las aos alunos em um momen­to apro­pri­a­do, como o iní­cio de um perío­do, por exem­p­lo. Isso me per­mite plane­jar os exer­cí­cios e avali­ações com ante­cedên­cia, com a opção de esper­ar até um horário apro­pri­a­do para pub­licar o tra­bal­ho. Isso é muito efi­caz, prin­ci­pal­mente quan­do estou ausente, por con­ta de uma apre­sen­tação em fes­ti­val ou algum out­ro even­to de desen­volvi­men­to profis­sion­al, enquan­to os alunos têm um sub­sti­tu­to. Pela man­hã, pos­so enviar rap­i­da­mente o tra­bal­ho do dia, para que eles con­clu­am a ativi­dade na min­ha ausên­cia.”

 

Exem­p­lo recente de uma des­ig­nação sub­sti­tu­ta.

Para seus alunos do ensi­no médio, Bri­an esta­b­ele­ceu uma relação de con­fi­ança na qual está con­fortáv­el em faz­er com que eles se tornem sec­cionais enquan­to ele estiv­er ausente. A pági­na de atribuição fornece instruções sobre quan­do eles estarão ten­do sec­cionais, e o que mais seja necessário com­ple­tar enquan­to eles estiverem em aula durante o dia. Para garan­tir que os sub­sti­tu­tos sejam infor­ma­dos, o pro­fes­sor imprime a pági­na e deixa em sua mesa para eles. “Se eu estiv­er em um fes­ti­val ou out­ro even­to, pos­so abrir meu lap­top e ver­i­ficar em tem­po real o que os alunos estão fazen­do. Com o OneNote, tam­bém pos­so adi­cionar links para que os alunos acessem doc­u­men­tos com­par­til­ha­dos. Uti­li­zo isso para inscrições, itin­erários de fes­ti­vais, fol­has de per­mis­são, pro­gra­mas de cur­so, cal­endários de even­tos e muito mais.”, afir­ma Lawrence.

 

Uma pági­na ded­i­ca­da a audições de todos os esta­dos, con­tendo inscrições de audição, músi­ca e out­ras infor­mações.

 

Testes de reprodução de vídeo

 

Com tur­mas que vari­am de 21 a 49 alunos, pode ser difí­cil avaliar os alunos com pre­cisão, sem sac­ri­ficar o tem­po de instrução de um grupo grande. No entan­to, a avali­ação indi­vid­ual é fun­da­men­tal para fornecer feed­back e medir o cresci­men­to do aluno. Para avaliar com pre­cisão o pro­gres­so do aluno, enquan­to min­i­miza­va a per­da total de tem­po de aula, Bri­an pro­je­tou um sis­tema de teste de repro­dução de vídeo.

Eu usei o OneNote para cri­ar uma pági­na de instruções para os alunos gravarem seus vídeos em casa. Se os alunos entre­garem suas tare­fas a tem­po, eu per­mi­to que eles façam repris­es. Se eles não entre­garem na hora mar­ca­da, o vídeo envi­a­do rece­berá a nota final da tare­fa. Isso incen­ti­va a práti­ca do aluno e hom­e­nageia aque­les que entregam o tra­bal­ho a tem­po”.

Exem­p­lo de como Bri­an con­figu­ra a pági­na de instruções.

Exem­p­lo de feed­back que deu a um aluno.

Dois dos  testes favoritos que Bri­an rece­beu este ano.

 

Trabalhos colaborativos

 

Bri­an tam­bém incen­ti­va seus alunos a com­porem suas próprias músi­cas com um par­ceiro, ou em pequenos gru­pos, usan­do o espaço de colab­o­ração no OneNote . Segun­do ele, os alunos podem cri­ar suas próprias pági­nas den­tro do espaço de colab­o­ração e tra­bal­har em pro­je­tos em tem­po real e em vários dis­pos­i­tivos.

Um exem­p­lo de atribuição de melo­dia e har­mo­niza­ção, em que os alunos foram primeira­mente solic­i­ta­dos a com­por uma melo­dia cur­ta, depois adi­cionar uma har­mo­niza­ção de out­ro instru­men­to ou de um acom­pan­hamen­to de piano. Enquan­to a maio­r­ia dos alunos escreveu sua tare­fa em papel pes­soal que eu importei para o OneNote, esse grupo gravou seu tra­bal­ho usan­do o pro­gra­ma gra­tu­ito Mus­eScore.

 

Atribuições reflexivas e definição de metas

 

Depois de cada con­cer­to, seus alunos e ele pas­sam o tem­po ouvin­do e refletindo sobre o desem­pen­ho da tur­ma. Enquan­to o pro­fes­sor toca a gravação do con­cer­to na aula, os alunos respon­dem a uma série de per­gun­tas, com base no que ouvem. “Isso leva a uma dis­cussão muito boa entre a tur­ma, sobre o nos­so desem­pen­ho e como plane­jamos o cresci­men­to con­tín­uo. Eu val­ori­zo ​​essa tare­fa porque ela me per­mite reunir um feed­back de todos os alunos da min­ha classe”, diz. É comum, no entan­to que alguns alunos não queiram com­par­til­har seu posi­ciona­men­to diante de todo o grupo, de modo que, Bri­an fornece uma saí­da par­tic­u­lar para que os alunos refli­tam de for­ma hon­es­ta e pre­cisa. “Eu tam­bém incen­ti­vo meus alunos a pen­sar sobre seus pro­gres­sos e metas a lon­go pra­zo em relação à músi­ca. É impor­tante para mim que eu con­heça algo sobre cada um deles, e essas atribuições reflex­i­vas me aju­dam a alcançar alunos que, de out­ra for­ma, não estari­am dis­pos­tos a falar em sala de aula”.

 

Reflexão de um aluno depois do  con­cer­to de out­ono.

Obje­tivos musi­cais de out­ro aluno esta­b­ele­ci­dos no iní­cio de 2018.

 

Fichas de trabalho

Todas as tare­fas do depar­ta­men­to de músi­ca da esco­la são sem papel, a menos que um aluno solicite uma cópia impres­sa de uma tare­fa. Isso econ­o­mi­zou muito tem­po para os out­ros pro­fes­sores e para a copi­ado­ra, tem­po em que todos os pro­fes­sores podem se dedicar ao plane­ja­men­to do cresci­men­to dos alunos. Para cri­ar uma atribuição dig­i­tal, Bri­an impor­ta um PDF da fol­ha de tra­bal­ho do dia, adi­ciona instruções e, em segui­da, disponi­bi­liza para os alunos. Todo o proces­so leva menos de cin­co min­u­tos.

Quan­do a tare­fa é revisa­da, Bri­an abre indi­vid­ual­mente as pági­nas dos alunos para mostrar para toda a tur­ma ou sua própria cópia na pági­na de pro­fes­sor para mostrar exem­p­los ou soluções de respostas. Abaixo duas planil­has de alunos con­cluí­das em sala de aula:

 

A 6 ª a atribuição de nota em apren­der met­ros e tem­po assi­nat­uras.

Uma tare­fa do ensi­no médio no apren­diza­do de tendên­cias indi­vid­u­ais de enton­ação.

 

Aprendizagem Online Interativa

 

Exis­tem inúmeros recur­sos online exce­lentes para os estu­dantes prati­carem. “Um que eu amo usar é o www.musictheory.net . Pos­so cri­ar um exer­cí­cio per­son­al­iza­do para os alunos, colocá-lo em sua pági­na do OneNote e faz­er com que eles façam uma cap­tura de tela da pági­na da Web depois de con­cluírem a tare­fa. Isso me per­mite mon­i­torar o pro­gres­so do aluno com base em sua por­cent­agem de respostas cor­re­tas e per­mite que os alunos rece­bam feed­back em tem­po real do site”, diz. Como essas pági­nas são armazenadas em sua tur­ma do OneNote, os alunos podem con­sul­tar os links de exer­cí­cios a qual­quer momen­to para praticar os con­hec­i­men­tos adquiri­dos em sala de aula.

 

Um exem­p­lo de uma atribuição.

Estas são amostras da incor­po­ração dig­i­tal que Bri­an usa em sala de aula todos os dias. Como out­ras aulas de músi­ca, os alunos e ele pas­sam a maior parte do tem­po tocan­do instru­men­tos para desen­volver habil­i­dades indi­vid­u­ais e baseadas em gru­pos, onde, o uso da tec­nolo­gia na sala de aula não sig­nifi­ca diminuir esse apren­diza­do, mas aumen­tá-lo. Para o pro­fes­sor, o obje­ti­vo é ofer­e­cer a mel­hor exper­iên­cia de apren­diza­do para seus alunos neste mun­do dig­i­tal, saben­do da importân­cia de incor­po­rar a tec­nolo­gia nas aulas. “Enquan­to ain­da estou no meu primeiro ano de ensi­no, os resul­ta­dos dessa incor­po­ração mostram que ela é efi­caz. Meus alunos e eu esta­mos ani­ma­dos com nos­sas incursões con­tínuas nas tec­nolo­gias de músi­ca dig­i­tal nos próx­i­mos anos.”, con­clui.

 

 

 

 

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